O jogo saiu para
e agora vai fazer filme daki a 2 anos O_O´
Filme de Gears of War estréia em 2010
31/03/2008 às 11:26:17 por Fernando Mucioli
O filme inspirado em Gears of War, sucesso da Epic Games para o Xbox 360, chegará aos cinemas norte-americanos em 2010, revelou um representante da produtora Temple Hill Entertainment.
Em entrevista ao site ComingSoon, foi revelado que o projeto já tem script e diretor definidos, e que a previsão da produtora é lançar o filme na metade de 2010.
O roteiro do filme de Gears of War está sendo escrito por Stuat Beattie, mesmo responsável por Colateral e pela série Piratas do Caribe, e Cliff Bleszinski, da Epic, prestará assistência à equipe de produção durante todo o processo. Segundo Beattie, a filmagem será feita toda com fundo verde, de maneira similar a "300".
Gears of War chegou ao Xbox 360 no final de 2006, e tornou-se instantaneamente um dos mais populares jogos para a plataforma da Microsoft. Para saber mais, leia o review abaixo:
O jogo que redefine um gênero
22/12/2006 - por Fernando Mucioli
Quando o Xbox 360 nasceu (ou até mesmo antes dele nascer), os fãs ensandecidos queriam apenas Halo 3. Nada mais justo, uma vez que a série foi a mais popular durante a vida do Xbox original, e deixou uma legião de fãs salivantes no mundo inteiro. Apesar disso, pouco a pouco as pessoas foram tomando conhecimento de Gears of War, o ambicioso projeto dos criadores de Unreal Tournament, que vinha para estremecer as bases do mundo dos games e bater de frente com o PlayStation 3. Agora, depois do lançamento, dá pra perceber, mais do que um simples “aperitivo” do novo Halo, GoW chegou para redefinir todo o gênero de games de tiro.
O Planeta Sera, antes conhecido por ser rico e próspero, enfrenta o seu pior momento. Depois de décadas de guerras entre os próprios humanos que povoavam o planeta, a invasão de uma raça mutante subterrânea – os Locusts – fizeram com que as belas paisagens daquele mundo fossem reduzidas a pó. Os sobreviventes que tiveram mais sorte conseguiram fugir para Jacinto, um paraíso natural teoricamente invulnerável ao ataque dos monstros, enquanto outros tiveram que ser simplesmente abandonados. O protagonista do game é Marcus, um ex-criminoso de guerra que acabou sendo solto pelos seus companheiros por ser um dos únicos realmente aptos a enfrentar a ameaça subterrânea. É ele que você terá de conduzir durante seis estágios de ação, tensão e doses cavalares de testosterona.
Logo nos primeiros minutos de jogo, Gears of War já passa duas mensagens importantes aos jogadores: primeira, o jogo é belíssimo, um dos mais bonitos do Xbox 360 e certamente um dos mais bonitos da atualidade. A riqueza de detalhes dos cenários, as feições dos personagens, as armas, a movimentação... todo o ambiente é exuberantemente decadente (com carros destruídos, ruas esburacadas e um céu completamente cinzento) e não há quem não se impressione com a fluidez da ação. Segundo, esse é um jogo difícil, em todos os sentidos. Para controlar com perfeição Marcus e seus companheiros, é necessário usar constantemente (e sem exagero) todos os oito botões (excetuando Start e Select) e três direcionais do controle do Xbox 360. Mesmo que o botão A tenha “funções mágicas”, que se adaptam a cada situação, não há escapatória de ter que usar todos os dedos das mãos. A dificuldade do game em si também não perdoa muito: ao contrário da maioria dos jogos de tiro, alguns poucos tiros já são capazes de derrubar o herói e estampar um “Game Over” na tela – mas na realidade essa é a graça toda do jogo.
Apesar de ser um jogo de tiro, Gears of War não é o tipo de título onde você só precisa andar de lado e disparar freneticamente em tudo que se move para garantir a vitória. O visual dos personagens pode sugerir o contrário (todos parecem ter saído de times de futebol americano), mas a chave para o sucesso é muito mais o cérebro do que a força bruta. Além dos já conhecidos elementos de movimentação e mira presente em grande parte dos títulos desse gênero, a equipe da Epic Games se focou em criar um surpreendente sistema de coberturas e fugas para dar mais tempero à fórmula. Apertando o botão A junto a uma parede, coluna ou outro obstáculo faz com que o personagem se apóie nele, usando-o como cobertura. A partir daí, com o mesmo botão é possível desempenhar uma série de outras ações: você pode ou pular rapidamente para outro local seguro, pular por cima dele, atirar às cegas ou sair rapidamente para ter um melhor campo de visão. A tática principal do jogo é fazer uso desse recurso para avançar e ter a melhor posição possível para acertar o inimigo sem que ele possa te acertar de volta – uma vez que eles quase sempre te encaram em maior número, e mesmo com o sistema de recuperação de energia inspirado em Halo (quando você “descansa” sua vida é recuperada), é difícil durar mais do que alguns segundos no meio do fogo cruzado ou quando se está enfrentando um Locust maior. Em linhas gerais, a jogabilidade lembra diversos aspectos encontrados em Resident Evil 4, mas voltada para um clima de guerra.
Porém, o que coroa Gears of War como um dos games de tiro para console potencialmente mais divertidos da atualidade são os seus modos multiplayer. Offline, o jogo oferece suporte para partidas competitivas entre diversos jogadores, mas também, para alegria geral, permite que dois jogadores participem de uma campanha de maneira cooperativa. Mesmo com o suporte para até oito jogadores entrarem ao mesmo tempo através da Xbox Live, nada supera o prazer de planejar a melhor estratégia para o momento em tempo real, com um companheiro ao seu lado. Jogar Gears of War no modo campanha cooperativo é algo que ninguém deveria deixar de lado.
O alarde no pré-lançamento e a onda de elogios (e críticas dos adversários) não foram à toa: o produto entregue pela Epic Games revoluciona a maneira de se encarar jogos de tiro e certamente irá se tornar o padrão de qualidade para outros games semelhantes nos anos que virão. Se ainda existiam dúvidas sobre a seriedade da Microsoft no mercado de games, Gears of War dá o recado: eles estão atacando com força total.