Nome: Super Smash Bros. Brawl
Plataforma:
Wii
Data de Lançamento: 09/03/2008
Desenvolvedora: HAL Laboratory
Distribuidora: Nintendo
Review:
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Irmãos em armas
14/03/2008 - por Gabriel Morato
A imagem familiar da Nintendo tem sido uma das suas características mais duradouras - e por isso mesmo o surgimento da série Smash Bros. foi uma surpresa para muitos: todos os maiores mascotes (ícones?) da empresa se degladiando em um combate titânico. Mas essa mistura inesperada rendeu uma das maiores séries da companhia, que agora marca seu terceiro episódio no Wii - e Brawl é provavelmente o mais ambicioso projeto da empresa.
A fórmula não mudou nada desde sua estréia no Nintendo 64: você ainda controla até quatro personagens como Mario, Pikachu, Link e Samus em lutas sobre ringues bastante incomuns. Como nos Mario Karts da vida, uma grande variedade de itens aparece aleatoriamente dando poderes especiais. Mas ao invés de usar os tradicionais medidores de energia, o game registra quanto dano cada combatente recebeu... e quanto maior for esse valor, mais longe ele é arremessado ao tomar um tabefe. Para marcar pontos, você deve jogar o oponente para fora da tela. A idéia é simples e disfarça um pouco da violência - mas acredite, vendo um grupo de jogadores trocando xingamentos durante as partidas mais empolgadas é um espetáculo à parte. Smash Bros. sempre foi um jogo frenético e divertido, e isso não mudou nada em Brawl.
Quem nunca jogou um dos títulos anteriores não terá problemas em se acostumar rapidamente: a série sempre se consagrou por evitar os comandos complexos dos outros jogos de luta - nada de meias-luas e seqüências de botões. Virtualmente todos os golpes podem ser executados com uma mistura de um botão e um toque no direcional. Além disso, Brawl se prova ainda mais bondoso com os iniciantes, não apenas por corrigir alguns bugs explorados pelos jogadores mais competitivos, mas também for facilitar alguns aspectos discretos (como o fato dos lutadores se agarrarem às bordas do ringue com mais facilidade e maior distância). Some isso aos itens que equilibram (e bagunçam!) o campo de batalha, o sistema de organizar campeonatos com até 32 participantes e Smash Brothers rapidamente se prova um excelente passatempo para uma festa.
Mas a grande novidade de Brawl está na sua cuidadosa produção. Enquanto a série tradicionalmente oferecia um punhado de modalidades genéricas para um jogador e muita variedade no multiplayer, a continuação não apenas incrementa elementos como número de personagens, fases e trilha sonora, mas estréia uma impressionante campanha chamada "The Subspace Emissary". Encare essa novidade como uma espécie de "jogo dentro do jogo", uma aventura escrita em parceria com um dos roteiristas de Final Fantasy VII que mistura combates tradicionais, fases estilo plataforma e chefes de proporções descomunais em uma empolgante aventura de 10 horas - com suporte a multiplayer local cooperativo. Levando em conta que o resto do jogo já valia a pena como um produto por conta própria, esse extra certamente deixa o pacote muito mais interessante. Finalmente, o velho pedido de multiplayer foi atendido... mas a execução não agrada tanto quanto o resto do pacote.
Realizar porradarias via Internet depende da Nintendo WiFi Connection, e quem já teve experiência com essa rede em outros jogos não ficará exatamente surpreendido pelas complicações impostas. Antes de mais nada, você precisa acessar uma opção específica no menu para se conectar. Se você não estiver EXATAMENTE no lugar para encontrar oponentes, você está offline... ou seja, você não pode convidar ou receber convites enquanto encara as opções restantes do jogo. Mas mesmo que você esteja no lobby, os problemas não acabam: leva uma eternidade para encontrar oponentes aleatórios, e muitos desistem antes mesmo da partida iniciar (felizmente, se alguém se desconecta durante uma luta, o computador entra imediatamente no lugar). O lag é um problema sério e real, especialmente para quem se conecta via WiFi (e não com um adaptador Ethernet USB, vendido separadamente). Mas para piorar ainda mais, as opções de comunicação são terrivelmente limitadas: você não tem nem um bate-papo de texto, dependendo apenas de um golpe de provocação com falas programáveis - que mesmo assim só podem ser mostrada para amigos registrados através da troca de códigos que precisa ser feita fora do jogo (os infames Friend Codes). É bom ver que a Nintendo se deu ao trabalho de implementar essas opções, mas na maioria dos casos elas dão mais dor de cabeça do que diversão. Por outro lado, a habilidade de receber, salvar, compartilhar e receber fases feitas por usuários, fotos e até ficar de espectador em batalhas são extremamente bem-vindas. A Nintendo envia automaticamente os melhores destaques caso você aceite o sistema de assinatura do jogo.
Vale notar que o game se destaca como um dos títulos do Wii com mais opções de controle. É possível entrar na briga com um controle remoto segurado de lado, controle com nunchaku, controle clássico ou até mesmo um controle de GameCube. Esse último é, de longe, o mais recomendado, trazendo exatamente o mesmo sistema do episódio anterior (com a sensibilidade do botão de escudo removida - agora não faz diferença a força com o qual você aperta L ou R). Mas, curiosamente, todas as opções são bastante funcionais. A nossa recomendação, porém, é deixar o combo controle+nunchaku como última opção.
É importante que os veteranos saibam que os melhores aspectos do jogo já chegam destravados. A impressionante seleção inicial de personagens (além dos dois "secretos" que aparecem na embalagem do game, Snake e Sonic) dá uma boa idéia do que esperar... a esmagadora maioria do que sobra a ser destravado é baseado em elementos de episódios anteriores. É uma pequena reclamação, mas é bom que todos entrem cientes de que não terão tantos sustos quanto a revelação de Mr. Game & Watch em Melee.
Brawl é quase uma aberração para os moldes da Nintendo. Esse tipo de valor de produção é raro nos jogos quase artesanais da empresa, e uma olhada rápida na lista de compositores que contribuíram para os remixes da trilha sonora bate qualquer elenco já visto em um game. Esse tipo de cuidado se reflete virtualmente em todos os aspectos do game, e é exatamente isso que você deve esperar desse fantástico e acessível jogo de luta. Se você tem um Wii, você PRECISA de Brawl - seja pela vontade de mais um jogo interessante para jogar sozinho, seja pela sua busca de mais games para compartilhar com os amigos. Como uma mensagem lembrava muito bem em Melee, esse é um dos melhores custo-benefícios do seu dinheiro no console.
imagens:
depois eu trago mais^^
Buaaa num vai ter o ISAAC!!! T_T